Em um período de tempo muito curto, a tecnologia da informação passou a ser parte do nosso dia a dia, não havendo praticamente mais distinção do que chamamos de “mundo on-line” e “mundo off-line”. Diante da ascensão da internet nas últimas décadas, não podemos deixar de apontar a popularização do uso dos dispositivos móveis.
Utilizados para várias finalidades, esses dispositivos característicos por sua portabilidade e convergência midiática também passaram a ser explorados para fins educacionais, através daquilo que foi denominado de mobile learning, ou aprendizagem móvel, em tradução livre.
Basicamente, o mobile learning consiste na aplicação dos conceitos de ensino e aprendizagem através de dispositivos móveis. Ou seja, é a aprendizagem amparada por smartphones, tablets, notebooks, entre outros portáteis relativamente pequenos.
Porém, antes de nos aprofundarmos nas possibilidades dessa modalidade educacional, é preciso lembrar que o potencial encontrado nas tecnologias não existe somente nelas, mas na convergência entre os meios tecnológicos e o ser humano. Ou seja, embora as tecnologias possuam bons potenciais relativos, se não houver preparo adequado dos alunos para garantir o bom desenvolvimento e exploração de seus potenciais, não haverá qualquer transformação para os meios educativos.
Um passo essencial para dar início ao adequado uso dos dispositivos móveis é incorporá-los em vez de bani-los. Não é raro testemunharmos o celular assumir o papel de grande vilão, responsável pelo desvio de atenção em reuniões ou aulas. De fato, muitas vezes ele é, mas, então, por que não usar da atenção que já damos a ele no lugar de perdê-la? A resposta está aí mesmo, através do mobile learning.
Entre os dispositivos móveis mais utilizados para o mobile learning, o smartphone é o que ganha disparado. Listamos os motivos para usá-lo no processo de ensino-aprendizagem: a familiaridade no manuseio; a tecnologia bastante comum; facilidade de levá-lo a qualquer lugar; a possibilidade de suportar diversas mídias (texto, imagem, vídeo e som); usabilidade intuitiva; mobilidade e portabilidade; e, por último – e muito importante –, conexão com a internet, o que amplifica o acesso a todo tipo de informação.
Aplicativos: podem tanto ser usados quanto criados pelos usuários a fim de proporcionar aprofundamento no processo de aprendizagem do conteúdo. Seus tipos podem ser os mais variados, desde aplicativos que desenvolvem questionários até aplicativos que elaboram materiais de revisão de conteúdo.
Videoaulas: podem ser “pílulas de vídeo”, com duração entre dois e cinco minutos no máximo, que abordem o conteúdo do curso em tópicos bastante elucidativos ou que respondam passo a passo alguma questão.
Games: também podem ser jogados ou criados pelos usuários, com a finalidade de memorizar conceitos e facilitar a compreensão de outros, utilizando-se de personagens, cenários e processos de jogabilidade variados.
Redes sociais e chats: têm por finalidade principal a conexão entre usuários, a troca de informações e de experiências entre eles.
E-books e textos: podem ser blocos de textos bem diagramados em PDF ou textos soltos em outros formatos, que aprofundem o conteúdo estudado.
Podcasts: podem ser “pílulas de áudio”, entre dois e cinco minutos no máximo (como os vídeos), que tragam algum tipo de atividade complementar às outras mídias.
Os dispositivos móveis tornam o usuário autônomo no processo de ensino-aprendizagem, já que ele, sozinho, é capaz de acessar todos os recursos disponibilizados no aparelho e efetivar seu estudo. Sob esse ponto de vista, o papel do professor é questionado. Entretanto, cabe justamente ao educador não mais ceder a informação pronta, lapidada, mas orientar a aprendizagem do aluno e mostra-lo os diversos ângulos que a informação possui.
O MLA é um aplicativo que auxilia universidades, faculdades e escolas a criarem programas educacionais que integram jogos baseados em localização, transformando seus estudantes em especialistas históricos, jornalistas de bairro, cientistas ambientais ou urbanistas. Desse modo, além de jogar, os estudantes aprendem e criam aprendizado. O aplicativo dá as diretrizes e ferramentas para criá-los e reproduzi-los, além de métodos para implementá-los.
O Mobile Learning Academy está disponível gratuitamente para Android no Google Play.
Portanto, o mobile learning é uma modalidade de ensino ainda em expansão, mas em seus primeiros passos ela já mostra que a tendência é continuar crescendo, não para tirar o espaço de outras modalidades de ensino, mas sim para complementá-las. Intrinsecamente a essa nova forma de aprender, está o uso de dispositivos móveis, fenômeno natural em nossa sociedade. Por isso, nada mais justo do que usar esse fato em prol da educação, conciliando tecnologias cotidianas e aprendizagem. Trata-se agora de não mais debater se smartphones, tablets e outros poderão ser protagonistas do ensino e aprendizagem (pois já o são), trata-se de desvendar novas maneiras de tirarmos proveito de mais aprendizagem.
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