Realizar um curso de capacitação EAD de línguas estrangeiras, ou qualquer outro tipo de conteúdo é interessante e um desafio a conquistado. Mas já pensou em fazer um curso a distância de libras? Seria ainda mais inovador e uma tarefa árdua a ser cumprida.
Com cursos online podemos aprender diversos conteúdos a qualquer hora e em qualquer lugar. Sem termos de nos preocupar em chegarmos no horário em sala de aula, ou buscar o “melhor lugar da sala”.
Como já foi dito em outros artigos publicados aqui no blog, cursos a distância podem oferecer diversas vantagens, como um valor mais acessível, horário de estudo flexível, nenhum custo com transporte, material didático em formatos digitais, entre outros.
Para saber mais, não deixe de ler Porque as Pessoas Preferem Estudar a Distância?
Um curso de capacitação EAD demanda mais organização e empenho por parte do aluno, já que este terá de ter autonomia. Porém, mesmo que o estudante seja autossuficiente, o ideal é que a empresa que fornece o ensino a distância ofereça uma tutoria especializada para acompanhar a turma. O aluno deve ser responsável e disciplinado, por isso, muitas empresas valorizam o profissional que se forma, se especializa ou se qualifica através de cursos de capacitação EAD.
Um curso de capacitação EAD é um curso de educação a distância, podendo ser feita através da internet, cartas, televisão, rádio, ou seja, qualquer um dos meios de comunicação que temos a nossa disposição nos dias atuais.
Atualmente, o ensino ead é mais comum através da internet, já que esta possui diversos recursos para deixar a aula mais prática e dinâmica.
Muitas empresas valorizam o profissional que se especializa através de cursos ead, já que este deve ter autonomia para cumprir com suas tarefas dentro dos prazos estipulados pelo curso. Um bom curso a distância também deve oferecer uma excelente tutoria, dando o devido suporte ao aluno.
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Ok! Entendemos o que é um curso de capacitação EAD, mas o que é e para quê serve Libras?
Libras é uma língua de sinais do Brasil e cada país possui a sua língua de sinais, por exemplo: os Estados Unidos têm a Língua Gestual Americana, também conhecida pelas iniciais ASL.
Muitos imaginam que a Libras é uma linguagem, mas o correto é que se trata de uma língua, com estrutura gramatical própria e características de uma língua tanto quanto o português, o espanhol e o francês; por isso, deve ser respeitada e aceita como a língua oficial dos surdos.
Não se sabe ao certo quando os homens começaram a desenvolver comunicações que pudessem ser consideradas línguas. Sabemos que cada país possui a sua língua ou línguas oficiais. Temos como exemplo o Canadá, que possui a língua inglesa e a francesa. Os países que possuem somente uma língua oficial são chamados de monolíngües; os que possuem duas línguas são chamados de bilíngues e os que possuem mais de duas línguas oficiais são chamados de políngues.
As minorias linguísticas existem em vários países. Normalmente, esses indivíduos são discriminados e, por isso, precisam ser tornar bilíngues. Podemos tomar como exemplo as tribos indígenas no Brasil. Os índios falam sua língua nativa e precisam falar o português para conseguir se inserir nas duas comunidades.
Pode-se falar em bilinguismo social e individual. O social acontece quando uma comunidade, por algum motivo, começa a utilizar duas línguas. No caso do bilinguismo individual, aprender outra língua além da sua materna é uma escolha da pessoa.
Os surdos são minorias linguísticas, como os índios, mas não o são devido à imigração ou cultura, pois a maioria nasce de famílias que falam a língua oficial do país. Eles são minoria linguística porque utilizam uma língua diferente da língua usada pela maioria das pessoas; os surdos utilizam a língua gestual-visual. Sua integração está no fato de terem um espaço onde não há repressão por causa da sua condição de surdo, as associações. Lá, eles podem se expressar da maneira que mais lhes agrada, e conseguem manter entre si uma situação prazerosa no ato de comunicação.
A língua dos surdos ainda não tem o devido reconhecimento por ser de modalidade gestual-visual e por ser utilizada por pessoas que são consideradas deficientes simplesmente pelo fato de não poder se expressar como ouvintes. Até bem pouco tempo, o uso dessa língua era proibido nas escolas e em casa de criança surda que tinha pais ouvintes. Esse desrespeito é fruto de desconhecimento, o que gera preconceito.
Pensava-se que a comunicação dos surdos não poderia ser uma língua e que, se os surdos ficassem se comunicando por mímicas, não aprenderiam a língua oficial de seu país.
Apesar dessa crença, pesquisas desenvolvidas nos Estados Unidos e na Europa mostraram o contrário. Se uma criança surda puder aprender a língua de sinais da comunidade surda da qual ela participa, terá mais facilidade em aprender a língua da comunidade ouvinte.
Isso ocorre porque todas as línguas constroem-se com base em universais linguísticos, variando apenas na sua modalidade (oral-auditiva ou gestual-visual) e nas suas gramáticas particulares. Elas são transformadas a cada geração, com base na cultura da comunidade linguística que a utiliza. É preconceito e ingenuidade dizer, hoje, que uma língua é superior a qualquer outra, já que elas, como sistemas linguísticos, são independentes dos fatores econômicos ou tecnológicos.
As línguas se transformam de acordo com as comunidades linguísticas que a utilizam. Uma criança surda precisa se integrar à comunidade surda de sua cidade para poder ter um bom desempenho na língua de sinais. Como os surdos estão em duas comunidades e precisam manter esse bilinguismo social, uma língua pode ajudar na compreensão da outra.
Os surdos no Brasil estão se organizando e formando, por todo o país, associações, que são as comunidades surdas brasileiras.
Nosso país é grande e culturalmente diversificado, por isso, essas comunidades se diferenciam regionalmente em relação ao hábito alimentar, à forma de se vestir, entre outros fatores. Esses fatores geram também variações regionais da língua de sinais. As comunidades urbanas surdas no Brasil têm a Libras, os esportes e as interações sociais como fatores principais de integração.
Segundo dados retirados da página www.surdo.com.br, as comunidades surdas brasileiras têm uma organização hierárquica constituída por: uma Confederação Brasileira de Desportos de Surdos – CDBS; seis federações desportivas e, aproximadamente, 58 associações, clubes, sociedades e congregações em várias capitais e cidades do interior.
A CDBS, fundada em 1984, tem como proposta o desenvolvimento esportivo dos surdos do Brasil, por isso, promove campeonatos nacionais masculinos e femininos em várias modalidades esportivas. Seus representantes são escolhidos pelos representantes das federações por meio do voto secreto. Recentemente, essa confederação filiou-se à confederação internacional e os surdos brasileiros estão participando de campeonatos esportivos internacionais.
As associações de surdos possuem estatutos que estabelecem suas normas de funcionamento. Participam também dessas comunidades, pessoas ouvintes que fazem trabalhos de assistência social ou religiosa, como os intérpretes, os familiares, os pais de surdos, os cônjuges ou professores que participam ativamente em questões políticas e educacionais.
Os ouvintes que são filhos de surdos muitas vezes participam dessas comunidades desde bebês, o que propicia o domínio da Libras como primeira língua. Essas pessoas, muitas vezes, tornam-se intérpretes: primeiro para os próprios pais; depois, para a comunidade.
Os membros das associações estão sempre interagindo com associações de outros estados ou cidades, como também com as federações, a CDBS e a Feneis.
A Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos – Feneis é uma entidade não-governamental registrada no Conselho Nacional de Serviço Social/MEC e não está subordinada à CBDS, pois é filiada a uma instituição internacional, a World Federation of the Deaf (Federação Mundial dos Surdos).
A Feneis foi fundada em 1987 por surdos que resolveram assumir a liderança da Federação Nacional de Educação e Integração do Deficiente Auditiva – Feneida. A Feneida foi criada pela iniciativa de várias escolas, associações de pais e outras instituições ligadas ao trabalho com surdos. Sua sede é no Rio de Janeiro.
A Feneis atua como um órgão de integração, por meio de convênios com empresas e instituições que empregam surdos. A entidade também tem promovido e participado de debates, seminários, câmaras técnicas, congressos nacionais e internacionais em defesa dos direitos dos surdos em relação à sua língua, à educação, à obrigatoriedade de intérpretes em escolas e estabelecimentos públicos, a programas de televisão legendados e à assistência social, jurídica e trabalhista. Os surdos, ao participarem dessas comunidades, assumem uma cultura própria. A cultura surda é muito recente no Brasil; tem pouco mais de cento e vinte anos.
Portanto, numa visão geral, uma comunidade surda não é um lugar onde as pessoas deficientes, que tem problemas de comunicação, se encontram. É, sim, um ponto de apoio político e social porque, cada vez mais, os surdos se organizam nesses espaços na condição de minoria linguística que luta por seus direitos linguísticos e de cidadania, lutando não pela deficiência, mas pela diferença.
O surdo é diferente do ouvinte não só porque não ouve e, por isso, às vezes não fala, mas também por ter uma visão de mundo diferente, por ter sua própria língua e praticá-la dentro de sua comunidade ou com outras pessoas.
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Vimos os benefícios de realizar um curso EAD, o que é e para que serve um curso de libras. Pudemos ler sobre algumas vantagens de se fazer um curso EAD, como baixo custo, material digital, acesso a qualquer hora e em qualquer lugar. Aprendemos o básico sobre libras e a importância de implantarmos ela no nosso dia a dia profissional e pessoal.
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“Ninguém educada ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” – Paulo Freire