Paulo Freire é nascido no ano de 1921 em Recife de Pernambuco
Oh, cabra da peste, um arretado patrono educador
Autor da renomada Pedagogia do Oprimido é considerado um treslouco
Treslouco para uns e uma mente brilhante para o admirador
Paulo Freire é também um brasileiro pedagogo
Ora, ora, é um notável pensador
E em seu currículo não podia faltar o observador filósofo
Jaz em solo firme há 20 anos, mas o seu legado é enriquecedor
Paulo Freire ensinava a leitura de mundo
O aluno que o lê tem um poder transformador
Da opressão à consciência libertadora
Paulo Freire é o método que ensina o adulto
E a criticidade é o ponto ilustrador
Da educação passiva e alienadora à ativa e investigadora
Como você já teve acesso anteriormente, Paulo Reglus Neves Freire, foi um pedagogo, educador e filósofo. Além disso, é considerado um dos maiores nomes da Educação no mundo todo. Não é à toa que ele é o patrono da Educação Brasileira.
No dia 13 de abril de 1912, a então presidente Dilma Roussef aprovou a Lei 12.612, a qual o torna patrono da Educação.
Essa é uma nomeação de reconhecimento pelos ensinamentos deixados por ele acerca da Educação e que são temas ainda bastante recorrentes e que precisam de uma acurada atenção, dada a tamanha precariedade, principalmente, nos estados mais pobres do país.
Vamos fazer uma viagem no tempo? Vamos voltar a 1921 e percorrer por alguns anos adiante a fim de conhecer e reconhecer os feitos do Ás da Educação. Entremos no túnel…
E uma vida inteira, mais precisamente 76 anos, de dedicação à alfabetização e à educação da massa populacional mais carente.
O fato de ele ter convivido com a pobreza e a fome desde cedo, o fez elevar sua conscientização para os pobres e contribuir com seu método de ensino.
Sabemos que a EaD permite uma educação voltada para a tão almejada democratização, pois é uma verdadeira revolução pedagógica.
Nela, o estudante, inserido em qualquer contexto, é capaz de gerir seu próprio aprendizado, além de ser o agente do processo instrutivo.
E o que isso tem a ver com a metodologia proposta por Paulo Freire?
Por vezes, a Educação a distância propicia um ambiente interativo e colaborativo, e garante a concretização do processo de ensino e aprendizagem por parte do aluno de maneira autônoma e disciplinada que extrapola os muros das escolas.
Colocada essa afirmação, fica visível a similaridade nos conceitos abordados por Freire, nos quais ele se preocupa, principalmente, com o indivíduo que interage, critica e se coloca como protagonista do seu conhecimento.
A autonomia é, portanto, uma característica essencial para adquirir o aprendizado.
Se de um lado o pedagogo defende uma educação pautada na criticidade, dialogicidade¹, conscientização e transformação, a EaD tutora o mesmo pensamento.
A Teoria Freiriana também coloca a humanização e a dialogicidade no centro da educação para assegurar a prática da liberdade.
Em sua principal obra “Pedagogia do Oprimido”, o autor expõe a educação bancária², totalmente desprovida da prática do diálogo e evidencia a tamanha desigualdade que, infelizmente, caracteriza a educação de classes.
Dessa maneira, o contexto social-político-econômico-cultural no qual o educando está inserido precisa ser analisado detidamente ao se pensar na educação pautada na visão libertadora, ao traçar o processo de ensino-aprendizagem e ao fazer o levantamento dos conteúdos programáticos.
Freire argumenta que:
“O diálogo é este encontro dos homens, imediatizados pelo mundo, para pronunciá-lo, não se esgotando, portanto, na relação eu-tu. Esta é a razão por que não é possível o diálogo entre os que querem a pronúncia do mundo e os que não querem; entre os que negam aos demais o direito de dizer a palavra e os que se acham negados deste direito” (Freire, 2005, p. 91).
Dessa maneira, é possível se aproximar do indivíduo aprendiz de uma maneira mais acalentadora, com o intuito de detectar as suas principais dificuldades e realizar uma abordagem, por vezes, simples e bem elaborada que vai de encontro às necessidades de cada um.
Em suma, tanto a visão freiriana quanto a do ensino a distância caminham em busca de disseminar conhecimento de uma maneira mais facilitada e acessível, destinando-se à internalização de uma educação libertadora e transformadora.
Uma vez que a Educação caminha muito além da prática de ensinar e aprender, é fundamental construir reflexões acerca da maneira como ela está relacionada e é parte imprescindível à construção de um mundo mais justo e digno.
Com base nisso, cotidianamente, devem-se buscar meios que a coloquem em primeiro plano com vistas a perpetuá-la ainda mais como um todo, bem como para as massas populacionais mais oprimidas e para as novas gerações.
“Foi a sua inserção lúcida na realidade, na situação histórica, que a levou à crítica desta mesma situação e ao ímpeto de transformá-la.” – Paulo Freire
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FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro. Paz e terra, 42 ed. 2005.
1 – Dialogicidade: é a capacidade de dialogar clara e objetivamente e de maneira simples. Método/termo muito utilizado na EaD a fim de tornar a linguagem menos formal e mais próxima à realidade do aprendiz.
2 – Educação bancária: é um conceito proposto por Paulo Freire, em que a educação é transmitida de maneira totalmente passiva e coloca somente o professor como detentor do conhecimento.