Se você se destaca na comunicação, suas chances são boas. E, claro, você precisa ser bom em planejar, solucionar problemas e em delegar tarefas. Você também precisa ser capaz de enfrentar todo e qualquer desafio que surgir pelo caminho.
Além dessas habilidades, porém, as qualidades que diferenciam os grandes líderes são mais elusivas e às vezes podem parecer estranhas. Líderes excepcionais possuem um certo fator X que faz parecer que sempre sabem exatamente o que fazer.
Mas, de acordo com Linda Hill, professora da Harvard Business School, uma das maiores especialistas mundiais em liderança, os melhores líderes não nascem com capacidades sobre-humanas. Em vez disso, eles tendem a se colocar intencionalmente em situações em que precisam aprender, se adaptar e crescer – um prato cheio para desenvolver a tenacidade e a coragem necessárias para motivar e orientar os outros.
“Liderança é um processo de autodesenvolvimento”, diz ela. “Ninguém pode te ensinar como liderar; você precisa estar disposto e ser capaz de aprender como fazer isso. Nós aprendemos principalmente com nossas experiências e enfrentando as adversidades. Sair da zona de conforto é uma forma poderosa de aprender.”
Aqui estão o que Hill diz serem as oito qualidades mais importantes para uma liderança bem-sucedida – junto com ideias sobre como cultivá-las.
Ser genuíno e fiel a quem você é é fundamental para o sucesso em qualquer função. Hill diz que, como líder, você deve incorporar o que você tem de melhor – a versão que não é apenas super produtiva, mas que também é capaz de motivar e inspirar as pessoas ao seu redor. “Sua competência não é suficiente; as pessoas precisam confiar no seu caráter e se conectar com você, caso contrário não estarão dispostas a correr riscos com você”, diz ela. Essa compreensão está profundamente ligada à sua capacidade de ser autoconsciente: “Você precisa descobrir como criar as condições para o seu sucesso e não presumir que outros farão isso por você”.
Compreender como as pessoas veem você é crucial para seu crescimento. Mas pedir e receber feedback pode ser complicado e cheio de emoções, diz Hill. Ela recomenda buscar feedback em um momento em que você consiga se manter aberto, sem ficar na defensiva.
Comece pedindo feedback de colegas em situações em que não há pressão e vá avançando até cenários de maior risco. Diga algo como: “Estou tentando entender meu impacto e o tipo de experiências que estou criando para quem trabalha comigo. Você pode me dar uma ideia do que devo continuar fazendo, começar a fazer e parar de fazer?” Por fim, não se concentre no negativo e nas coisas que você precisa consertar. Em vez disso, Hill recomenda que você “foque no positivo”.
Hill diz que a curiosidade é uma mentalidade: “Trata-se de olhar além de onde os olhos alcançam, explorar territórios desconhecidos e tentar compreender a arte das possibilidades”. Os grandes líderes têm uma perspetiva “de fora para dentro” das suas organizações e equipes, acrescenta ela. Isso significa que eles têm a capacidade de analisar situações e questões de um ponto de vista externo, como de clientes ou concorrentes. Isso os ajuda a tomar decisões mais informadas porque consideram o contexto mais amplo, além da dinâmica interna da organização.
As crianças nascem curiosas, naturalmente inclinadas a fazer perguntas e a explorar os arredores, observa Hill, portanto, siga o exemplo delas. Esteja aberto a novas experiências e pessoas fora da sua divisão, função e indústria. Não tenha medo de fazer perguntas básicas ou ingênuas. Reflita sobre suas paixões e interesses pessoais – muitas vezes são excelentes fontes de curiosidade. Pense de forma expansiva e ambiciosa. “Você precisa pensar grande: como solucionar problemas aparentemente insolucionáveis?” ela diz.
A liderança requer a capacidade de analisar problemas complexos, identificar as suas causas e encontrar novas soluções, de acordo com Hill. Confiar em seu instinto não é suficiente. Em vez disso, você precisa desenvolver suas habilidades analíticas, concentrando-se nas relações de causa e efeito e estando atento a padrões e tendências.
Tomar decisões certas depende do bom uso da sua experiência atrelado a uma combinação de capacidade analítica, expertise e julgamento ético, diz Hill. Embora entender dados seja fundamental para os líderes, “não se trata de ser orientado por dados, trata-se de ser informado por dados”.
Tenha em mente que os dados não caem do céu – são criados por pessoas, diz Hill. E os dados são apenas mais uma fonte de informação. Como líder, você precisa mergulhar na complexidade da coleta de dados, compreender suas implicações e estar atento a possíveis vieses. Seja proativo e trabalhe com nativos digitais. “Seu papel como líder é decodificar as histórias ocultas nos dados e descobrir o que os dados estão lhe dizendo”, diz ela.
O mundo está mudando mais rápido do que antes, em parte devido às tecnologias emergentes e à inteligência artificial, segundo Hill. Como resultado, “as expectativas dos stakeholders estão evoluindo mais rapidamente e você, como líder, precisa de ser capaz de se ajustar a estas exigências”, afirma ela.
A adaptabilidade promove uma cultura de equipe baseada em agilidade, acrescenta ela. Ela permite que você responda rapidamente a diferentes dinâmicas, mude o plano de ação quando necessário e abrace novas oportunidades e desafios.
Como seres humanos, aprendemos principalmente por meio da prática, portanto você precisa assumir tarefas e buscar experiências que exijam flexibilidade, diz Hill. Aventure-se além da sua zona de conforto. Se sua formação for em finanças, considere colaborar com a equipe de marketing. Explore oportunidades para trabalhar no exterior. Esforce-se para trabalhar em novos ambientes com diferentes tipos de pessoas. “Esticar-se dessa maneira também expandirá seu crescimento e desenvolvimento pessoal”, diz ela.
Qualquer ideia nova e útil para a organização é criatividade, diz Hill. “Algumas dessas ideias são incrementais e outras são inovações.” As ideias mais inovadoras surgem frequentemente daquilo que ela chama de “possível adjacente”, ou da gama de possibilidades imediatamente ao nosso alcance. A diversidade de pensamento é a força motriz por trás da verdadeira inovação, pois cada um de nós traz a sua própria perspectiva única e “uma fatia de genialidade” para a mesa, acrescenta ela.
O seu papel como líder não é necessariamente apresentar todas as grandes ideias sozinho, mas sim estabelecer um ambiente que estimule a criatividade dos outros e reconheça a interligação do seu pensamento, diz Hill. Quando diferentes pontos de vista se chocam é que a criatividade floresce.
Portanto, incentive e promova diversas perspectivas em sua equipe e adote o conceito de aprender com o fracasso.
Gerenciar a ambiguidade significa manter ideias conflitantes em mente e lidar com prioridades concorrentes que parecem igualmente importantes, diz Hill. Muitas pessoas caem na armadilha do pensamento linear, acreditando que X causa Y e, como resultado, podem ignorar a interação de diferentes dinâmicas, acrescenta ela. Para ser um líder eficaz, você precisa cultivar uma mentalidade sistêmica, “que o ajude a entender como as coisas estão conectadas e permita que você enfrente ideias opostas diante da incerteza”. Mas às vezes, diz ela, você ainda pode sentir como se estivesse “navegando através de uma névoa”.
Abraçar a ambiguidade exige que você mergulhe na complexidade de diferentes situações, diz Hill. Pergunte muitos “e se” e “e daí” e examine os assuntos de diferentes perspectivas. “Quanto mais forte for o seu sentimento de certeza, mais clara será a indicação de que é necessária uma nova abordagem”, diz ela. Também é uma boa ideia estabelecer uma prática para limpar sua mente. Desenvolva hábitos através da meditação mindfulness ou yoga ou outros meios que lhe permitam não apenas agir, mas refletir.
Avançar com uma visão inabalável pode significar problemas no ambiente de negócios dinâmico e competitivo de hoje, diz Hill. Os líderes bem-sucedidos reconhecem a natureza fluida das situações e se esforçam para compreender o contexto cultural em que operam. Mais importante ainda, eles têm a resiliência necessária para recalibrar caso estejam se desviando do caminho. “Você precisa saber como se reagrupar e obter a opinião de outras pessoas, perguntando: ‘Existe outro caminho?’”, Diz ela.
Assumir uma tarefa sem uma definição clara do que é sucesso é perturbador, mas, de acordo com Hill, é precisamente o desafio que você precisa para cultivar a resiliência. “Vá para espaços onde as probabilidades possam estar um pouco contra você”, diz ela. “São empregos em que você não tem muita autoridade formal sobre os outros, é difícil medir seu impacto e você não sabe se será eficaz”, diz ela. Ela aconselha trabalho voluntário para funções como essa, principalmente no início da carreira, quando os riscos são menores.
Compreender e se conectar com outras pessoas no nível emocional é uma característica fundamental de uma liderança forte, de acordo com Hill. Os líderes devem promover relacionamentos, construir confiança e se envolver ativamente com os membros de sua equipe. “Você precisa ser capaz de se colocar no lugar dos membros da sua equipe, entender o que é importante para eles, quais são suas prioridades e identificar pontos em comum”, diz Hill. O desenvolvimento da sua inteligência emocional lhe proporciona uma apreciação mais profunda dos desafios que os outros enfrentam e te ajuda a promover um ambiente mais favorável e estimulante.
Pesquisas mostram nossa tendência de gravitar em torno de pessoas com quem nos identificamos, o que significa que é imperativo para você, como líder, procurar deliberadamente pessoas além de seus círculos habituais, explica Hill. “Faça questão de interagir com pessoas de diferentes origens, para que você possa aprender mais sobre suas perspectivas”, diz ela. Faça perguntas sobre suas preferências de trabalho, as pressões que sofrem e seus pontos fortes e fracos. Seu objetivo é construir entendimento e conexão, o que criará condições para o sucesso mútuo. Lembre-se, diz ela, se alguém lhe parecer irracional, é provável que você não entenda o que é mais importante para essa pessoa.
Segundo Hill, tornar-se um grande líder é uma jornada de aprendizado e crescimento contínuos. É um processo que prospera ao abraçar desafios, buscar feedback, promover conexões e cultivar a compreensão. “Seu objetivo é desenvolver a mentalidade, os comportamentos e os relacionamentos que lhe permitam enfrentar desafios e oportunidades e fazer coisas extraordinárias”, diz ela.
Fonte: 8 Essential Qualities of Successful Leaders
Para diminuir a distância entre a sua gestão e os seus resultados efetivos, a Raleduc, empresa de treinamento e capacitação oferece serviços para EAD que se diferenciam pela qualidade de seus conteúdos, pela eficiência das metodologias de ensino, pelo uso de tecnologias modernas de aplicação e monitoramento, pela criatividade gráfico-editorial e pela economicidade de tempo e operacionalidade.
E também somos representantes oficiais da Udemy Business no Brasil.
Se você quiser saber mais sobre como a Raleduc pode ajudar você a melhorar seus treinamentos online e montar uma estratégia EAD para a sua empresa, não deixe de falar com nossos especialistas clicando aqui, pelo telefone +55 61 3051 1366 ou manda um WhatsApp.