Paulo Freire é nascido no ano de 1921 em Recife de Pernambuco
Oh, cabra da peste, um arretado patrono educador
Autor da renomada Pedagogia do Oprimido é considerado um treslouco
Treslouco para uns e uma mente brilhante para o admirador
Paulo Freire é também um brasileiro pedagogo
Ora, ora, é um notável pensador
E em seu currículo não podia faltar o observador filósofo
Jaz em solo firme há 20 anos, mas o seu legado é enriquecedor
Paulo Freire ensinava a leitura de mundo
O aluno que o lê tem um poder transformador
Da opressão à consciência libertadora
Paulo Freire é o método que ensina o adulto
E a criticidade é o ponto ilustrador
Da educação passiva e alienadora à ativa e investigadora
Como você já teve acesso anteriormente, Paulo Reglus Neves Freire, foi um pedagogo, educador e filósofo. Além disso, é considerado um dos maiores nomes da Educação no mundo todo. Não é à toa que ele é o patrono da Educação Brasileira.
No dia 13 de abril de 1912, a então presidente Dilma Roussef aprovou a Lei 12.612, a qual o torna patrono da Educação.
Essa é uma nomeação de reconhecimento pelos ensinamentos deixados por ele acerca da Educação e que são temas ainda bastante recorrentes e que precisam de uma acurada atenção, dada a tamanha precariedade, principalmente, nos estados mais pobres do país.
Vamos fazer uma viagem no tempo? Vamos voltar a 1921 e percorrer por alguns anos adiante a fim de conhecer e reconhecer os feitos do Ás da Educação. Entremos no túnel...
E uma vida inteira, mais precisamente 76 anos, de dedicação à alfabetização e à educação da massa populacional mais carente.
O fato de ele ter convivido com a pobreza e a fome desde cedo, o fez elevar sua conscientização para os pobres e contribuir com seu método de ensino.
Sabemos que a EaD permite uma educação voltada para a tão almejada democratização, pois é uma verdadeira revolução pedagógica.
Nela, o estudante, inserido em qualquer contexto, é capaz de gerir seu próprio aprendizado, além de ser o agente do processo instrutivo.
E o que isso tem a ver com a metodologia proposta por Paulo Freire?
Por vezes, a Educação a distância propicia um ambiente interativo e colaborativo, e garante a concretização do processo de ensino e aprendizagem por parte do aluno de maneira autônoma e disciplinada que extrapola os muros das escolas.
Colocada essa afirmação, fica visível a similaridade nos conceitos abordados por Freire, nos quais ele se preocupa, principalmente, com o indivíduo que interage, critica e se coloca como protagonista do seu conhecimento.
A autonomia é, portanto, uma característica essencial para adquirir o aprendizado.
Se de um lado o pedagogo defende uma educação pautada na criticidade, dialogicidade¹, conscientização e transformação, a EaD tutora o mesmo pensamento.
A Teoria Freiriana também coloca a humanização e a dialogicidade no centro da educação para assegurar a prática da liberdade.
Em sua principal obra “Pedagogia do Oprimido”, o autor expõe a educação bancária², totalmente desprovida da prática do diálogo e evidencia a tamanha desigualdade que, infelizmente, caracteriza a educação de classes.
Dessa maneira, o contexto social-político-econômico-cultural no qual o educando está inserido precisa ser analisado detidamente ao se pensar na educação pautada na visão libertadora, ao traçar o processo de ensino-aprendizagem e ao fazer o levantamento dos conteúdos programáticos.
Freire argumenta que:
“O diálogo é este encontro dos homens, imediatizados pelo mundo, para pronunciá-lo, não se esgotando, portanto, na relação eu-tu. Esta é a razão por que não é possível o diálogo entre os que querem a pronúncia do mundo e os que não querem; entre os que negam aos demais o direito de dizer a palavra e os que se acham negados deste direito” (Freire, 2005, p. 91).
Dessa maneira, é possível se aproximar do indivíduo aprendiz de uma maneira mais acalentadora, com o intuito de detectar as suas principais dificuldades e realizar uma abordagem, por vezes, simples e bem elaborada que vai de encontro às necessidades de cada um.
Em suma, tanto a visão freiriana quanto a do ensino a distância caminham em busca de disseminar conhecimento de uma maneira mais facilitada e acessível, destinando-se à internalização de uma educação libertadora e transformadora.
Uma vez que a Educação caminha muito além da prática de ensinar e aprender, é fundamental construir reflexões acerca da maneira como ela está relacionada e é parte imprescindível à construção de um mundo mais justo e digno.
Com base nisso, cotidianamente, devem-se buscar meios que a coloquem em primeiro plano com vistas a perpetuá-la ainda mais como um todo, bem como para as massas populacionais mais oprimidas e para as novas gerações.
“Foi a sua inserção lúcida na realidade, na situação histórica, que a levou à crítica desta mesma situação e ao ímpeto de transformá-la.” - Paulo Freire
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FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro. Paz e terra, 42 ed. 2005.
1 – Dialogicidade: é a capacidade de dialogar clara e objetivamente e de maneira simples. Método/termo muito utilizado na EaD a fim de tornar a linguagem menos formal e mais próxima à realidade do aprendiz.
2 – Educação bancária: é um conceito proposto por Paulo Freire, em que a educação é transmitida de maneira totalmente passiva e coloca somente o professor como detentor do conhecimento.
A EaD caminha por diversos processos de produção antes de chegar ao produto final. Pensando nisso, preparamos para você um material explicando alguns procedimentos utilizados no decorrer de um trabalho elaborado pela RALEDUC.
Utilizaremos como exemplo o curso Mudanças na Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), o qual foi desenvolvido para o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
O primeiro passo na hora da criação é receber o briefing do cliente, compreender o que ele deseja e levantar as opções e os recursos que podem ser utilizados no curso.
Uma vez que as opções são definidas junto ao cliente, chega o momento de colocar em prática o desenvolvimento.
Neste projeto, especificamente, a maior parte do conteúdo foi disposta em formato de videoaula, a qual foi filmada e editada em seguida.
Depois disso, o conteúdo do vídeo foi transcrito, possibilitando a criação da apostila pelo profissional Designer Instrucional (DI).
Todo o processo de criação é trabalhado mediante a aprovação do cliente.
Após isso, o Dl teve acesso ao conteúdo e, após estudá-lo, começou a colocar em prática as ações necessárias para o desenvolvimento. Ele optou em criar as telas do storyboard com pequenas introduções antecedendo os vídeos que aparecem em cada módulo e unidade.
Antes de chegar a esse template de tela, outros modelos foram apresentados ao cliente que, ao final, preferiu essa opção.
Um banco de questões foi desenvolvido com a finalidade de testar a aprendizagem dos cursandos. Com isso, ao final de cada unidade foi possível inserir aquelas que faziam referência ao conteúdo estudado na unidade.
Salienta-se que o trabalho de um especialista no assunto para revisá-las foi imprescindível. Esse procedimento é padrão para evitar quaisquer problemas de entendimento ou erros no próprio material.
Repare na imagem a seguir um dos modelos de questões utilizado no curso. Note que foi criado um feedback geral.
Já nas questões de verdadeiro ou falso, o feedback escolhido foi diferente, o qual apresentava a justificativa para as falsas.
Assim que o DI concluiu a ideia inicial do curso, o trabalho foi passado ao profissional de TI, o qual colocou em prática as ideias sugeridas pelo primeiro.
Finalizada a programação, o cliente teve acesso ao curso e sugeriu mudanças e correções.
Em suma, quaisquer alterações de conteúdo, layout ou outras solicitações de mudança do curso vindas do cliente devem ser levadas em consideração e solucionadas.
No curso em questão, a RALEDUC analisou e fez sugestões em cima das modificações propostas.
E depois de todas essas etapas encerradas, o curso voltou para as mãos do DI, que realizou todo o trabalho de revisão e homologação, a fim de detectar qualquer equívoco que possa ter deixado passar.
Finalmente, depois de o curso estar livre de erros e estar homologado pelo destinatário final: o cliente, ele vai para a plataforma moodle, a qual permite o acesso por parte dos estudantes.
Aqui na RALEDUC, a busca é satisfazer as necessidades do cliente, com vistas a alcançar o melhor resultado dentro da proposta arquitetada por ele.
E aí, gostou da leitura? Conseguiu entender um pouco do processo de criação de um curso?
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Vamos começar este artigo com uma pergunta instigante...
O que a Matriz de Desenho Instrucional tem em comum com uma receita de bolo?
Para compreender a semelhança pautada anteriormente, imagine-se numa cozinha preparando um delicioso bolo.
Para prepará-lo, quais procedimentos são necessários?
Por certo, primeiramente, você já deve ter pensado naquele caderninho de receitas da vovó que fica no fundo da gaveta do armário, nos utensílios a serem utilizados na preparação e nos ingredientes necessários para tal feito, não é mesmo? Será que esquecemos de algo? Se sim, lembraremos durante o preparo.
Então vamos lá! Separe tudo o que é necessário e mãos na massa...
Para a preparação de um curso, é imprescindível separar todos os materiais necessários, assim como explicitado no nosso exemplo. A receita é, portanto, a Matriz de Desenho Instrucional
Mas espera um pouco! Já sabemos bem o conceito e a serventia do bolo, principalmente quando ele nos sacia a fome. Mas e a tal matriz, o que é e para que serve?
Matriz de desenho instrucional é um instrumento de planejamento elaborado pelo designer instrucional (DI) com informações detalhadas sobre as atividades do curso, as quais são esboçadas em um Mapa de Atividades. Abrimos um parêntese aqui para afirmar que esse profissional pode ser facilmente assemelhado ao cozinheiro.
Para conhecer acerca do DI, leia Quem é o Desenhista Instrucional?
Lembre-se:
É importante sempre planejar com o foco no aprendizado.
A Matriz permite, ainda, uma visualização geral e clara entre os diversos objetos envolvidos no desenvolvimento do curso e garante a correta comunicação das tarefas e dos recursos requeridos em cada uma das etapas.
Existem várias nomenclaturas para essa ferramenta, mas o importante é abranger todas as etapas que apresentaremos a partir de agora.
A Matriz de Desenho Instrucional deve conter os seguintes elementos:
Consiste na primeira divisão do curso/material, a qual organiza a linha do conhecimento.
É o conteúdo que compõe o curso. A complexidade é estipulada de acordo com a divisão, a fim de que não perca o significado, a continuidade, o tempo e, principalmente, os objetivos de aprendizagem.
Indicam o que o aluno ganhará/aprenderá ao realizar determinado estudo. Além disso, apontam como o curso caminhará, principalmente se for uma adaptação de material do presencial para EAD. É importante separar os objetivos gerais do curso e os específicos de cada unidade.
É o tempo estipulado para a conclusão do curso. É muito importante haver uma padronização desse tempo em relação ao curso total, aos exercícios e aos objetivos. Esse equilíbrio é fundamental para que o aluno perceba a continuidade do aprendizado e identifique qual período precisará dedicar aos estudos e às atividades estipuladas.
Esta é a maior dificuldade dos alunos: organização do tempo, principalmente se for um curso EAD autoinstrucional (sem tutoria).
São as soluções de aprendizado utilizadas durante o curso. Levando-se em consideração a complexidade dele, podem ser de diversos formatos: vídeos, podcasts, exercícios, dentre muitos outros.
É sempre interessante incluir vídeos explicativos com o intuito de fortalecer o aprendizado.
Quanto maiores as opções de objetos de aprendizagem, maiores serão o aprendizado e a fixação, uma vez que cada aluno tem as preferências de aprendizado. Alguns preferem ler, assistir e escrever, outros preferem ouvir e simular. Enfim, são muitas as possibilidades.
Ressalta-se, no entanto, que devem ser levantados o material disponível, a expertise dos profissionais envolvidos e as possibilidades tecnológicas.
São as atividades a serem realizadas pelos alunos dentro da unidade, as quais devem ser elaboradas com o olhar analítico nas infinitas possibilidades e diferenças de cada um.
É a etapa final, na qual o aluno poderá mensurar o seu sucesso no estudo.
Ela pode ser realizada de diversas formas: atividades, fóruns, e-mails, relatórios, artigos ou projetos finais ou prova, etc.
Observe a receita para a realização de um excelente projeto.
Clique aqui para ver a imagem em tamanho maior.
Após o preenchimento da Matriz Instrucional, é essencial que o Designer Instrucional revise o documento e observe-o do ponto de vista do aluno, garantindo que a proposta do curso fique clara.
Caso tenha alguma dúvida ou queira uma ajuda com o desenho instrucional na sua educação a distância, entre em contato com a gente!
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FILATRO, Andrea. Design Instrucional Contextualizado: educação e tecnologia. 2ª edicão. ed. São Paulo: Senac, 2007.
FILATRO, Andrea. Design instrucional na prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008.
FRANCO, Lúcia Regina Horta Rodrigues et al. Estratégias Adequadas aos Diferentes Estilos de Aprendizagem. Disponível em: <http://www.ead.unifei.edu.br/~novolivrodigital/geraImpressao.php?CODCAP=50&IdSess=LD16062010082826>. Acesso em: 29 agosto 2017.
Embora seja um passo crucial para o desenvolvimento dos cursos on-line, muitas vezes, exige-se que o storyboard seja feito o mais rapidamente possível.
São vários os profissionais que trabalham juntos para produzir um storyboard: cliente, especialistas no assunto, programadores, equipe de designers gráficos e de designers instrucionais.
Mas, em geral, é responsabilidade da equipe de design instrucional apresentar um storyboard forte e significativo.
Nós já falamos sobre esse assunto no artigo Storyboard na produção de conteúdos EAD
A seguir, reunimos alguns dos obstáculos mais comuns enfrentados por designers de instrução ao desenvolver storyboards.
Inserir detalhes de maneira excessiva em um storyboard é, muitas vezes, o primeiro problema encontrado. Um cliente, por ser novo no conceito de aprendizagem on-line, pode querer minúcias em cada slide, já o experiente acredita que isso pode impactar negativamente o processo.
Ilustrações, gráficos e animações são conceitos criativos, mas precisam ser devidamente interpretados para não causar conflitos posteriores.
Nesse contexto, o designer instrucional precisa trazer o equilíbrio ao detalhar um material, trazendo a harmonia entre o conteúdo e os elementos que o complementam.
Dependendo das preferências do cliente, duas variações de storyboard podem ser criadas: uma com informações relevantes para revisão do conteudista e do cliente e outra detalhada para as equipes internas.
Caso um mentor animado (personagem) seja incorporado ao curso, especificações detalhadas de cor e tamanho devem ser mencionadas. As instruções não precisam ser incluídas em cada slide, mas podem ser exibidas no introdutório.
O storyboard é um processo complexo e trabalhoso. Assim, mudanças durante o desenvolvimento já são esperadas. Todavia, elas não podem se prolongar por muito tempo, pois começam a afetar os prazos e, consequentemente, os orçamentos.
Preferências do cliente em relação a idiomas, cores e outros padrões básicos devem ser incorporadas na fase de análise inicial, de modo que retrabalhos sejam evitados no conteúdo textual ou no layout.
Fazer um storyboard visualmente expressivo é uma opção facilitada pelo PowerPoint. Apesar de ser trabalhoso, é uma excelente ferramenta por oferecer uma visualização clara do curso.
Elaborar um storyboard consiste num processo detalhado, mas alguns cursos precisam ser finalizados com celeridade. Enquanto modelos, imagens em estoque e animações simples podem ser incorporados para agilizar a transição do material para início do desenvolvimento, ferramentas de autoria rápidas também podem ser usadas.
Muitas ferramentas de autoria rápidas, como PowerPoint e Captivate podem ser usadas para criar um storyboard. Nessa abordagem, o conteúdo e os gráficos já podem ser preparados e incorporados.
O processo de criação só é bem-sucedido se toda a equipe de desenvolvimento estiver em sincronia a fim de que finalizem simultaneamente o storyboard, o conteúdo e os elementos gráficos.
Caso tenha alguma dúvida ou queira uma ajuda para implementar storyboards em sua EAD, entre em contato com a gente!
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Este artigo foi uma adaptação do texto Storyboarding – Challenges in the Process and Solutions.
Com o avanço da tecnologia, é comum que a maioria de nós carregue dispositivos móveis, seja smartphone ou tablet, por todos os lugares. Dessa forma, o aprendizado móvel está crescendo como um meio popular de transmitir conhecimento.
A facilidade de acesso ao dispositivo, a qualquer momento, cria uma abertura para disponibilizar o material de aprendizagem independentemente da situação.
O maior desafio na aprendizagem móvel é, indiscutivelmente, o espaço de visualização. Isso restringe a inclusão de texto ou documentos.
Além disso, o espaço de visualização muda para cada aluno, uma vez que existem diversos modelos e marcas do dispositivo móvel.
Outra grande preocupação é a falta de uma plataforma de desenvolvimento comum que processe conteúdos em todos os dispositivos móveis, seja Android ou iOs.
Além disso, os dispositivos móveis têm menos recursos de processamento do que desktops ou laptops. Portanto, arquivos de vídeo pesados ou simulações ricas em detalhes podem não renderizar corretamente ou ser compatíveis com o dispositivo.
A maior medida para o sucesso de qualquer curso é conseguir prender a atenção do aluno. Para dispositivos móveis, essa é uma tarefa difícil.
O principal uso de um dispositivo móvel é a realização e/ou recebimento de chamadas telefônicas, além de enviar e/ou receber mensagens de texto.
Isso pode ser visto como um impedimento para a realização dos objetivos gerais de aprendizagem, especialmente quando distrações como essa não podem ser evitadas.
Assim, enquanto alguns desses desafios não podem ser superados, os designers instrucionais podem trabalhar em torno deles.
Quer saber mais sobre o profissional que faz a diferença na EaD? Leia Quem é o Desenhista Instrucional?.
Com o advento da tecnologia, sabemos que tudo tende a evoluir e, querendo ou não, a educação e a forma como a distribuímos e a disponibilizamos também.
Este é um grande desafio que deve ser enfrentado por todos os âmbitos educacionais e, principalmente, pelo Design Instrucional, que deve ser sempre adaptável e flexível.
Caso tenha alguma dúvida ou queira uma ajuda para ultrapassar as barreiras e os desafios da educação a distância para aparelhos móveis, entre em contato com a gente!
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Este artigo foi uma adaptação do texto Instructional Design Challenges for Smaller Screens.
A Educação a Distância surge devido à necessidade de disseminar o conhecimento.
Pode-se dizer que a primeira aparição do ensino a distância foi em Boston, EUA, por intermédio do professor Caleb Phillipis, o que ofereceu um curso de taquigrafia para qualquer lugar do país.
Seu curso era ofertado através de cartas, já que antigamente a tecnologia era mais limitada.
Leia mais sobre a origem da educação a distância em EaD - Uma História.
Com o avanço tecnológico, a educação foi aprimorando a sua aparição e, hoje, existem diversas maneiras de aprender, inclusive por meio da EAD.
Assista ao vídeo que mostra rapidamente o avanço das tecnologias na educação.
Uma das maiores características da EAD é a separação física entre o aluno e o professor. Apesar de não estarem no mesmo ambiente, há uma interação realizada através de materiais impressos, mídia, áudios, vídeos, teleconferências, internet, etc.
O psicólogo educacional americano, Robert Gagné, estudou a aprendizagem de adultos na área militar. E foi através dessa análise que ele identificou condições internas de aprendizado, que podem se tornar ativas por meio de condições externas.
Veja os nove passos para a aprendizagem levantados por Gagné:
1 – Recepção: conseguir ganhar a atenção.
2 – Expectativa: informar o objetivo aos aprendizes.
3 – Recuperação: rever ou relembrar o conteúdo já estudado.
4 – Percepção seletiva: apresentar o estímulo.
5 – Código semântico: fornecer orientação de aprendizado.
6 – Resposta: encorajar performance.
7 – Reforço: oferecer feedback.
8 – Recuperação: avaliar o desempenho.
9 – Generalização: aumentar a retenção e a transferência.
Sua teoria serviu como fundamento para vários projetos eficazes do ensino a distância. Por intervenção dela, é possível fornecer ou satisfazer as condições necessárias para a aquisição de conhecimento, além de identificar os meios apropriados para tal.
Segundo Gagné, a aprendizagem é uma força interior que, por sua vez, tenta integrar conceitos básicos das teorias cognitivas¹ e comportamentais. Isso quer dizer que, de acordo com essa teoria, existem diferentes níveis de aprendizado.
Gagné cita ainda que o aprendizado pode ser organizado em hierarquias, que variam conforme a complexidade:
É importante conhecer acerca desses ensinamentos para entender como podem ser aplicados na EAD.
Gagné argumenta que para a educação a distância ser eficaz, ela precisa seguir oito etapas da aprendizagem. Quais sejam:
A aprendizagem, segundo o referido autor:
“é uma mudança de estado interior que se manifesta por meio da mudança de comportamento e na persistência dessa mudança. Um observador externo pode reconhecer que houve aprendizagem quando observa a ocorrência de uma mudança comportamental e também a permanência desta mudança.”
O apanhado dessas teorias de Gagné se aplicam na EaD, afinal, ela se apresenta por meio de estímulos, respostas, ambiente, comportamentos, etc.
Por isso, é importante que, ao desenvolver cursos a distância, se promova a aprendizagem com um planejamento bem estruturado e de forma instrutiva.
Afinal, para que a educação aconteça, é necessário despertar o interesse do aluno e desvendar o que o motiva a realizar uma determinada tarefa.
Nós da RALEDUC sempre levamos em consideração as teorias cognitivas para produção e oferta de cursos a distância. Que tal falar com um de nossos especialistas sobre este processo? Estamos sempre à disposição.
E aí, gostou do texto? Compartilhe e nos ajude a disseminar conteúdos relevantes e impactantes.
1 - Cognitiva: É o processo de aquisição de conhecimento através da percepção, imaginação ou pensamento, linguagem, etc. A psicologia cognitiva está relacionada ao estudo da mente que influencia o comportamento de cada pessoa.
Hoje vamos aprender como participar de um fórum dentro do Moodle.
A palavra fórum vem do latim forum, que significa o local onde se encontra o Poder Judiciário, como tribunais judiciais. Assim, pode ser entendido como conferência que busca discutir um determinado assunto.
Dessa forma, trazendo para um contexto mais atual, é o ambiente virtual no qual vários usuários comentam e debatem um tema comum.
O Moodle traz a possibilidade de inserir fóruns dentro dos cursos, abrindo a oportunidade para que o professor/tutor leve um tema para ser debatido.
Esse tipo de recurso viabiliza o desenvolvimento do senso crítico, do “saber ouvir”, da desenvoltura ao expressar-se, como também do hábito da leitura e da busca por mais conhecimento.
A seguir estão os passos para participar de um fórum no Moodle.
1 - Para iniciar, insira seu login e sua senha na página de acesso do Moodle.
2 - Depois disso, vá até o curso no qual você está inscrito e clique no fórum desejado.
Atenção: se o professor/tutor desejar, ele poderá criar mais de um fórum.
3 - Ao abrir a nova janela, clique no tópico de discussão que você deseja participar.
Não são todos os fóruns que podem oferecer tópicos de discussão. Isso varia de acordo com a vontade e a necessidade do professor/tutor.
4 - No caso de não haver mais opções para participar, clique na opção “Responder”.
A página irá atualizar e abrir em uma opção que possibilita escrever sua resposta.
5 - Caso queira incrementar a sua resposta com algum arquivo como imagem, documento, etc., basta rolar a página para encontrar a opção (conforme imagem).
6 - Ao finalizar, clique no botão “Enviar mensagem ao fórum”.
A sua resposta será publicada no fórum para que todos os outros participantes possam ler e interagir com ela.
O fórum do Moodle é um ambiente que pode servir para diversos propósitos, como apresentar alunos, entregar trabalhos, tirar dúvidas, debater temas, e outros.
São muitas possibilidades, não é mesmo!? O que você está esperando para participar de um fórum?
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Entre os dias 17 a 21 de setembro, em Foz do Iguaçu, ocorreu a 23º CIAED e a Raleduc marcou presença trazendo os temas mais discutidos e as novidades apresentadas neste ano de 2017.
CIAED é o Congresso Internacional ABED de Educação a Distância promovido anualmente pela ABED, a Associação Brasileira de Educação a Distância.
O congresso compreende apresentações de trabalhos, palestras, mesas redondas, que debaterão o tema escolhido acerca do universo do ensino a distância.
No congresso deste ano, o tema debatido foi “Metodologias ativas e tecnologias aplicadas à educação”. Para melhor desenvolver cada assunto, o evento foi dividido em quatro partes.
Área de exposição de stands de empresas da área educacional. Para conhecer quais empresas participaram da exposição, clique aqui.
Atividades extracongresso com carga horária de até seis horas. Alguns dos assuntos ministrados foram: edição de vídeo para educadores, dispositivos móveis no ensino de ciências, direito autoral na produção de materiais EaD e muito mais.
Eram centenas de trabalhos científicos aprovados para apresentar via oral ou via pôsteres. Todos os estudos exibidos podem ser encontrados aqui.
Grandes nomes da educação a distância no mundo foram convidados para palestrar. Entre eles estavam:
Michel Feldstein – Consultor de tecnologia educacional da MindWires
Ana Maria Martín Cuadrado – Diretora no Instituto Universitário de Educação a Distância
Mike Kent – Professor Sênior em Estudos da Internet na Universidade de Curtin
Para conhecer outras grandes nomes da educação, clique aqui.
Além de tudo isso, o congresso ainda abriu espaço para a presença de Startups voltadas para a educação.
Com isso, o evento foi uma ponte entre as Startups e as empresas e instituições de ensino. Para conhecer as Startups, clique aqui.
O evento foi riquíssimo em novos conteúdos, troca de experiências, aprendizados e oportunidade de trocas contatos e negócios.
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Recreativo e lógico, o Sudoku é um jogo no qual preenchemos os espaços em branco com números de 1 a 9. A regra, que se replica nos quadrados menores (3x3), é não repetir nenhum número tanto nas linhas quanto nas colunas.
Sudoku é um nome japonês, acrônimo da frase SUuji wa DOKUshi no kagiru, que significa “os números têm que ser únicos”.
Além de estimular o pensamento lógico, ele exercita o cérebro e acaba influenciando, e muito, os estudos a distância.
Leia também: Treino Online: turbine seus estudos
Todos esses benefícios também podem ser encontrados no ensino a distância, já que, por meio dele, o aluno pode desenvolver maior comprometimento e maior organização.
Como vimos, o Sudoku é um excelente estímulo para a vida como um todo, não é mesmo? Assim, ele também ajuda o estudante a ter mais concentração e memória para os estudos.
Agora que conhecemos a história e os benefícios do Sudoku, que tal jogarmos um pouco?
Para ver as respostas, clique aqui.
Ao entender o jogo e conhecer afundo sua origem, percebemos que até o entretenimento pode nos trazer experiência e conhecimento.
Aproveite seus momentos livres e descontraídos para jogar um pouco e estimular sua mente se divertindo.
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Antes de entendermos como funciona o storyboard, também conhecido como SB, na prática, vamos saber como surgiu essa ferramenta.
Sua primeira aparição foi em 1930 por intermédio da Walt Disney. Entenda que foi um recurso que surgiu a fim de criar trechos de uma história, que em seguida seria adaptada para um formato de vídeo ou animação.
Veja mais no nosso infográfico Storyboard na produção de conteúdos EAD
Pode-se dizer que o storyboard é um guia visual que narra as principais cenas de um elemento audiovisual. Ou seja, é um esboço inicial de um projeto que se transformará em um recurso para o audiovisual.
Na educação a distância, a criação do SB representa um mapa. Ele é utilizado para mapear as ideias educacionais a serem desenvolvidas em um curso de navegação padrão ou de videoaulas.
Na prática, ele é criado para gerar uma pré-visualização de como o curso ficará após sua produção final.
Quer dizer apenas que é um arquivo próprio para descrever passo a passo as estratégias, os objetos educacionais, os recursos visuais, etc., enfim, é o esboço do que haverá no curso. Ele dará vida a textos, imagens, vídeos, áudios ou elementos interativos.
Agora que fizemos uma rápida viagem para aprender o conceito de storyboard, vamos conhecê-lo na prática.
O profissional responsável pela produção desse material na educação a distância é o Designer Instrucional (DI).
Para saber mais sobre ele, leia Quem é o desenhista instrucional?
O DI, primeiramente, deverá analisar o conteúdo, com a finalidade de fazer um breve levantamento do que poderá ser desenvolvido e trabalhado no curso.
Por meio de uma leitura, já é possível iniciar o desenvolvimento do storyboard. Como na EaD a presença do professor é dispensável, o curso precisa apresentar ferramentas que conversem com o aluno, logo é fundamental atentar-se à linguagem a ser utilizada.
A forma de desenvolvimento é variável de acordo com a empresa ou o profissional. Na Raleduc, por exemplo, é desenvolvido no PowerPoint.
O PowerPoint é desenhado de acordo com o conteúdo a ser abordado. Para exemplificar, em um curso sobre Criatividade e Inovação, o DI poderá propor inicialmente qual será o layout. E a partir daí ele trabalhará juntamente com o designer gráfico.
Conheça os profissionais que integram um time de produção de cursos aqui.
Após a sugestão do layout, começa o verdadeiro trabalho do DI: dar uma cara nova ao conteúdo que, muitas vezes, é maçante e cansativo. Esse profissional deverá buscar alternativas com o fim de inserir o texto de maneira mais leve na tela, podendo utilizar, para isso, uma linguagem dialógica¹. Tudo isso deverá ser trabalhado no SB.
O PowerPoint é um programa que por si só já oferece diversos recursos visuais, facilitando na montagem do SB. Uma vez que a linguagem já foi trabalhada, basta dividir o conteúdo tela a tela e ir propondo soluções atrativas.
Veremos agora alguns exemplos de telas.
Tela de apresentação: é a base do SB, isto é, a primeira impressão sobre o tema a ser estudado. Pode ser uma tela simples apenas descrevendo cada parte do curso, ou pode ser uma mais bem elaborada por meio de metáforas².
Telas com personagens: são desenvolvidas quando o curso oferece um personagem para dialogar diretamente com o aluno. Pode ser um profissional que está relacionado ao assunto, uma mascote de determinada marca, ou qualquer outra personificação que faça referência ao conteúdo a ser abordado.
Tela de texto padrão: é um modelo de tela simples, no qual haverá uma imagem representativa e um conteúdo. Ressalta-se que trabalhar com figuras e imagens contribui na assimilação do conhecimento por parte do aluno, já que elas são dotadas de significados e imprescindíveis para se alcançar os resultados esperados por transcenderem o que já foi estudado.
Telas com botões: esses modelos de tela são muito utilizados em: mapas organizacionais do curso, exemplos, exercícios e conteúdos divididos por tópicos.
Telas com animação: podem ser utilizadas para dar destaque a textos, imagens ou situações. Podem ser utilizadas animações rápidas que ficam estáticas na tela após a primeira demonstração ou que permanecem dinâmicas até o aluno prosseguir com o curso.
Telas com games: os jogos são opções utilizadas para deixar o curso mais leve e interativo para o estudante.
Vale lembrar que é importante inserir toda a descrição de como funcionará o jogo no PowerPoint.
Lembre-se: ser detalhista é bom, mas é imprescindível ter cuidado para não tornar o entendimento muito complexo. Seja direto!
Telas com vídeo: podem ser telas com pouca linguagem textual. A título de exemplo, em alguns casos, um comando de clique para assistir ao vídeo pode ser suficiente e, em outros, inserir uma breve introdução do que será visto pode ser mais satisfatório.
Telas de exercícios: podem ser criadas no meio do conteúdo ou ao final de cada módulo ou unidade. Se utilizadas no decorrer do curso, podem ser apenas atividades reflexivas, as quais convidam o aluno a pensar. Se utilizadas ao final, devem ser de caráter avaliativo, tornando possível a mensuração do aprendizado.
Botões nas telas: podem ser utilizados botões clicáveis para ajudar na navegação do curso, os quais abrem informações em abas, novas telas ou pop-ups. Eles podem ser de diversos tipos.
Cada curso pode sugerir um tipo de botão, mas usualmente, utilizam-se os de uso comum, como:
Além de disponibilizar botões, é possível utilizar imagens ou ilustrações para clique. Isso dependerá da imaginação do DI e das possibilidades reais para o desenvolvimento.
Todos os tipos de telas devem ser descritos detalhadamente para a equipe de desenvolvimento. Dessa forma, é muito importante estar atento aos detalhes e às possibilidades que podem ser trabalhadas.
Além disso, cada empresa tem uma maneira específica de trabalhar, além de possuir limitações as quais devem ser analisadas cuidadosamente a fim de propor soluções eficazes.
Em suma, é fundamental estar ciente de como proceder, além de trabalhar com as opções disponíveis e ser criativo.
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1 - Linguagem dialógica: linguagem feita por meio de diálogos. É utilizada para garantir um tom menos formal ao curso.
2 - Metáforas: é um recurso semântico utilizado para apresentar uma determinada situação com outro sentido ou comparar situações a fim de denotar maior expressividade.